quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Império Romano - Aula II


Boa noite alunos e seguidores da nossa página; hoje abordaremos nossa segunda parte sobre a Civilização Romana; especificamente sua fase imperial e sua decadencencia em 476 d.C.



Devemos entender que durante a fase da república a crise política em Roma estava bastante complicada visto que uma luta pelo poder dividia as diversas facções politicas; era o Primeiro Triunvirato.
No ano de 59 a.C , Roma se via governada por Gaius Julius Cesar, Pompeu e Marco  Crasso, que se juntaram para formar uma aliança forte. Julio Cesar era um cônsul romano e Pompeu foi um grande general, muito admirado por suas conquistas e Crasso era reconhecido como o homem mais rico de Roma. Os motivos dessa junção era de puro interesse particular era evitar uma guerra civil entre os se não mais admirados os mais influentes em Roma Pompeu , nesse tempo , aliou-se aos conservadores que temiam a ambições de César e, mesmo tendo sido-­lhe proposto um casamento com a sobrinha de Cesar, Pompeu recusou e casou-se com uma sobrinha de um inimigo de Cesar, o que preparou um cenário político pra uma futura Guerra Civil o que de fato aconteceu pois Pompeu ordena a volta de Cesar para Roma para ser destituído do poder de Consul o que de fato Cesar não aceita. Volta para Roma com sua Legiões para guerrear com Pompeu. Este foge para o Egito onde foi assassinado por Ptolomeu. O Egito já vivia também uma crise politica que leva a Cesar conhecer a famosa Cleópatra estabelecendo uma aliança política e pessoal com Cesar (sobre Cleópatra e sua história na politica em Roma comentaremos no grupo do Facebook Historia para o ENEM)

Cesar, agora cônsul único, estabelece uma forte ditadura em Roma não sendo exagero afirmar que ele era Imperador de fato, mas não de direito. Esta ditadura leva ao senado assassinar Cesar e provocar um vazio no poder levando ao Segundo Triunvirato.
Ao contrário do primeiro Triunvirato Romano, este segundo Triunvirato foi oficialmente reconhecido em 43 a.C , aprovado pela Assembléia do Povo (orgão equivalente ao Senado, formado por Octavianus Augustus (Octávio Augusto), Emílio Lépido e Marco António, tendo estes o poder supremo por 5 Anos.
De imediato estes Triunviros deram inicio aos assassinos de Cesar (sua morte foi bastante sentida pela população) principalmente Marcus Brutus, sobrinho de Catão (Brutus que Cesar se referiu quando disse : “Até tu Brutus, filho meu me traíste” Ressalto que Brutus não era seu filho) e Gaius Longinus Cassius, ambos os maiores conspiradores.
Senadores assassinando Cesar

Mas três pessoas no poder de Império era demais . Após os cinco anos de poder, os trés foram re-eleitos e  Lépido, numa tentativa falha de tomar o poder, fora exilado e jogado pra fora do cenário político. Restavam Marco Antonio e Octávio e agora a Guerra Civil tem seu segundo capítulo e tal combate aconteceu. Vale lembrar que Marco Antonio e exemplo de Cesar também estabeleceu uma aliança com Cleópatra (a mulher devia ser comandar o Bonde das Poderosas na antiguidade), retratado pela Batalha de Actium no mar da Grécia, onde a frota de Octavius (comandada pelo general Agripa) derrotou a frota de Marco Antonio (apoiada pelos Egípcios e Cleópatra). Era o fim do Triunvirato, com Marco Antonio e Cleópatra fugindo para o Egito e com a perseguição de Octavius, resultando no suicídio de Cleópatra e Marco Antonio.

O Alto Império Romano
O Império se estabeleceu o em Roma quando Caio Otávio, apos vencer Marco Antonio com exército fiel e numero. O Senado se viu obrigado e ao mesmo tempo evitar uma nova Guerra Civil concedeu lhe vários títulos que legalizaram seu poder absoluto: cônsul vitalício, censor, imperador, príncipe do Senado e, finalmente, Augusto (somente atribuído aos deuses e que permitia a Otávio escolher seu sucessor) o que permitiu ele elaborar diversas reformas reorganizando as províncias, dividindo as em imperiais (militares) e senatoriais (civis) indicando os governadores e os controlava através de inspeções diretas e relatórios anuais feitos pelos sucessores dos mesmos. Criou o sistema estatal de cobranças de impostos, acabando com a concessão da arrecadação a particulares (publicanos). 
Como cinema "imagina" que seria Cleópatra (Atriz Angelina Jolie)

No plano social, acabou com a tradicional superioridade do patriciado e criou um sistema censitário baseado na renda anual de cada um.
 Não tendo herdeiros diretos, Augusto indicou como sucessor seu genro, Tibério. Não obstante, as indicações seguintes seriam em geral feitas pelos militares, notadamente da Guarda Pretoriana. Com Augusto começou a dinastia Julio­Claudiana do Império Romano, a qual seria continuada pelos Flávios até 96 d.C., quando terminaram os chamados Doze Césares. Em seguida viriam os Antoninos e mais tarde os Severos, já no século III.

O Baixo Império Romano
No século III o império é abalado por crises econômicas, militares e uma crise do escravista. A crise econômica tinha suas origens fim das guerras de conquista que vai levar a conseqüente redução do número de escravos e de espólios. O déficit orçamentário, resultante do aumento das despesas, levou o poder político a aumentar excessivamente os impostos. Os preços se elevaram os mercados se retraíram e a produção declinou.
O Império Romano, já na época de Augusto, abrangia a maior parte do mundo então conhecido. Suas legiões garantiam a dominação das províncias, fornecedoras de riquezas que fizeram a grandeza de Roma. Começou o êxodo urbano, a concentração da vida no campo em propriedades auto-suficientes, chamadas vilas, precursoras dos feudos medievais.
Caracterizavam se pela economia agrária de consumo, com o trabalho exercido em termos de meação. Os clientes (romanos) e os colonos (germânicos) cultivavam a terra, entregando metade da produção ao dono da mesma. Os pequenos proprietários endividados (precários) tinham o mesmo estatuto, sendo por serem livres, ao passo que clientes e colonos viam-­se presos área em que trabalhavam.

Nessa mesma época, agravou se a crise religiosa. O Cristianismo começou a se difundir pelo Império logo após o martírio de Cristo, ocorrido no reinado de Tibério. Os Apóstolos iniciaram sua difusão e São Pedro fundou o Bispado de Roma; foi martirizado juntamente com São Paulo na época do imperador Nero. Este foi o autor da primeira perseguição aos cristãos. Nas perseguições posteriores, os cristãos foram acusados de não cultuar os deuses pagãos nem o imperador (considerado divino desde que Otávio se tomou Augusto). Além disso, atribuíam­ lhes a responsabilidade pelas calamidades que ocorressem: enchentes, tempestades, pestes e incêndios (Nem os cristãos e nem Nero colocou fogo em Roma falaremos sobre isso numa próxima oportunidade). A ultima perseguição foi desencadeado entre 303 e 304, pelo imperador Diocleciano (284­304). Quase sempre, os imperadores tentavam colocar a população contra os cristãos, buscando o apoio da plebe pagã.
Cristãos sendo perseguidos e massacrados

Contudo, as perseguições tiveram um efeito contrário ao esperado, pois acabavam convertendo os espectadores pagãos, impressionados com a firmeza e resignação dos cristãos dos diante dos sofrimentos. Em 313, Constantino baixou o Edito de Milão, proibindo as perseguições aos cristãos e dando lhes liberdade de culto. A partir de então, a difusão do Cristianismo ganhou um impulso ainda maior: em 390, o imperador Teodósio proibiu o culto pagão e oficializou o Cristianismo.

Causas da decadência do Império Romano
Podemos apontar como as causas da crise do Império Romano:

A Enorme extensão territorial do império que dificultava a administração e controle militar (defesa); A Com o fim das guerras de conquistas também diminuiu a entrada de escravos. Com menos mão de obra ocorreu uma forte crise na produção de alimentos. A queda na produção de alimentos gerou a diminuição na arrecadação de impostos. Com menos recursos, o império passou a ter dificuldades em manter o enorme exercito; O Aumento dos conflitos entre as classes de patrícios e plebeus, gerando instabilidade política;ao Crescimento do cristianismo que contestava as bases políticas do império (guerra, escravidão, domínio sobre os povos conquistados) e religiosas (politeísmo e culto divino do imperador); O  Aumento da corrupção no centro do império (Roma) e nas províncias (regiões conquistadas);
Estes motivos enfraqueceram o Império Romano, facilitando a invasões dos povos bárbaros germânicos no século V.
Como vimos a crise do Império romano foi essencialmente os problemas que surgiram como conseqüência de uma crise econômica (no grupo do facebook já está postado  uma reportagem sobre mais aprofundada sobre essa crise) e foram completados pelos aspectos político militares. A crise do escravismo provocou a retração da produção. O déficit orçamentário gerou a política fiscal que levou à estagnação do comércio e a ruralização. O corte das despesas militares foi fatal. Aproveitando se da fraqueza do Império, os bárbaros começaram a se infiltrar nas fronteiras, primeiro pacificamente, depois pela força
O Cristianismo, no início de sua propagação, constituiu um elemento desintegrador na medida em que a política do culto imperial atribui se ao imperador origem divina. No período de crise do Baixo Império, entretanto, o Cristianismo se transformou em um fator de sustentação do Império, que alias subsistiu formalmente durante toda a Idade Média, sustentado pela Igreja.
A cultura romana pouco teve de original, uma vez que as conquistas provocaram um sincretismo cultural, no qual os valores romanos foram substituídos ou modificados. Mas o Direito Romano e a língua latina permanecem como as grandes contribuições de Roma para a civilização ocidental.

Vamos assistir uma Vídeo Aula sobre Roma



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