Com o fim das invasões a Europa a Europa vai conhecer uma período de mudanças econômica e sociais com a entrada de novos atores sociais (burguesia) e a invasão de regiões fora da Europa (cruzadas) e formação do Capitalismo Comercial.
Por
volta do século X e Europa
encontrou uma certa paz devido ao fim das
das invasões bárbaras. Do período que vai do século XI ao XV,
denominada Baixa
Idade Média
onde
o sitem feudal (falaremos sobre ele mais tarde) de
exploração entra
em decadência
devido
aos avanços no setor agrícola, como a invenção do moinho
hidráulico, que facilitava a irrigação, e a atrelagem dos bois nas
carroças, o que possibilitou viagens com mais carga e,
consequentemente, aumento na produção.
As
inovações tecnológicas no setor agrícolas tornaram as terras dos
feudos pequenas demais para uma população que só tendia a
crescer. Os habitantes dessas áreas rurais queriam expandir o
comércio e lucrar mais através da produtividade. A partir daí, os
artesãos e comerciantes concentram-se próximos aos castelos,
igrejas e mosteiros, desenvolvendo a atividade comercial. Essas
pequenas concentrações deram origem aos primeiros burgos.
Devido
a essa concentração de terras expansão demográfica a Igreja
convoca os cristão para Oriente Médio. O papa Urbano II declarou
guerra as religiosos muçulmanos no ano de 1095, enviando uma
expedição de cavaleiros cristãos para libertar a denominada Terra
Santa do Império Islâmico, situada no território da Palestina.
Foram
organizadas um total de oito cruzadas entre os anos de 1095 e 1270,
que envolveram desde pessoas simples e deserdados que não tinham
direito às terras do feudo até reis, imperadores e cleros. Todos os
combatentes tinham que se virar como podiam; muitos, inclusive,
chegaram a ser massacrados brutalmente antes de chegarem ao destino.
Entretanto,
as consequências
as Cruzadas tiveram influencias
mais materiais do que espirituais.
Quando os cavaleiros dominavam territórios islâmicos, chegavam a
saquear produtos valiosos como joias, tecidos e temperos e os
comercializavam no caminho. As expedições fizeram com que os
muçulmanos abandonassem o território próximo ao Mar
Mediterrâneo
beneficiando os burgueses da Itália, principalmente das cidades de
Gênova e Veneza. No norte da Europa, regiões como Hamburgo e
Dantzig também prosperavam na atividade comercial, formando uma nova
classe social que iniciou a dinamização econômica da Baixa Idade
Média.
Este
desenvolvimento comercial fez com que os camponeses migrassem para as
cidades ou burgos que estavam surgindo , contribuindo para a queda do
sistema feudal. Na tentativa de manter os empregados nas terras, os
proprietários ofereciam melhores condições de vida e até mesmo a
possibilidade de pagá-los mensalmente com um salário.
Nas
cidades, a ascensão da atividade comercial formou uma nova
engrenagem social, o chamado capitalismo.
Novas atividades foram surgindo, como a profissão de cambista, que
tinham conhecimento do valor real da moeda e os banqueiros, que
ficavam incumbidos de guardar grandes quantias de dinheiro.
A
CRISE DO SISTEMA FEUDAL
A
crise do feudalismo é resultado
de um
longo
processo
que
conta com diversos fatores determinantes dos quais podemos destacar
a mudança nas relações econômicas que
foi
de grande importância para que as práticas e regras que regulavam o
interior dos feudos sofressem significativas transformações. Essa
nova configuração econômica, pouco a pouco, influiu na
transformação nos laços sociais e nas idéias que sustentavam
aquele tipo de ordenação presente em toda a Europa.
A
característica auto-sustentável
dos feudos foi
desaparecendo dando espaço
para uma economia mais integrada às trocas comerciais como
também
a ampliação do consumo de gêneros manufaturados e especiarias, e a
crise agrícola dos feudos trouxeram o fim do equilíbrio no acordo
estabelecido entre servos e senhores feudais. Essa fase de
instabilidade envolvendo as relações servis trouxe à tona um duplo
movimento de reorganização dos feudos.
Os senhores de terra, em algumas regiões cada vez mais interessados em consumir produtos manufaturados e adquirir especiarias, passavam a se aproximar da economia urbana e comercial. Para tanto, acabavam por dar mais espaço para o trabalho assalariado ou o arrendamento de terras em troca de dinheiro.
Os senhores de terra, em algumas regiões cada vez mais interessados em consumir produtos manufaturados e adquirir especiarias, passavam a se aproximar da economia urbana e comercial. Para tanto, acabavam por dar mais espaço para o trabalho assalariado ou o arrendamento de terras em troca de dinheiro.
Entretanto, tais mudanças não foi o mesmo fenômeno absoluto e nem um todo em toda a Europa. Em algumas regiões, principalmente da Europa Oriental, o crescimento demográfico e a perda da força de trabalho para a economia comercial incentivaram o endurecimento das relações servis. Imbuídos de seu poder político, muitos senhores de terra da Rússia e de partes do Sacro Império Germânico passariam a exigir mais obrigações e impostos da população campesina.
Mas de uma forma geral, esse processo deu a Europa um período de ascensão da economia européia entre os séculos XII e XIII. No entanto, o século seguinte seria marcado por uma profunda crise que traria grande reformulação (ou crise) ao mundo feudal. Entre 1346 e 1353, uma grande epidemia de peste bubônica (peste negra) liquidou aproximadamente um terço da população européia. Com isso, a disponibilidade de servos diminuiu e os salários dos trabalhadores elevaram-se significativamente.

No século XV, o declínio populacional foi superado reavivando a produção agrícola e as atividades comerciais. Essa fase de recuperação ainda não foi capaz de resolver as transformações ocorridas naquela época. A baixa produtividade dos feudos não era capaz de atender a demanda alimentar dos novos centros urbanos em expansão que, ao mesmo tempo, tinham seu mercado consumidor limitado pela grande população rural.
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Portugal com suas Caravelas forma os primeiros enfrentar o "Mar Tenebroso" |
Além
disso, o comércio sofria grandes dificuldades por conta dos
monopólios que dificultavam e encareciam a circulação de
mercadorias pela Europa. Os árabes e os comerciantes da Península
Itálica eram os principais responsáveis por esse encarecimento das
especiarias vindas do Oriente. A falta de moedas, ocorrida por conta
da escassez de metais preciosos e o escoamento das mesmas para os
orientais, impedia o desenvolvimento das atividades
comerciais.
Tantos empecilhos gerados à economia do século XV só foram superados com a exploração de novos mercados que pudessem oferecer metais, alimentos e produtos. Esses mercados só foram estabelecidos com o processo de expansão marítima, que deflagrou a colonização de regiões da África e da América. Dessa forma, a economia mercantilista dava um passo decisivo para que um grande acúmulo de capitais se estabelecesse no contexto econômico europeu.
Tantos empecilhos gerados à economia do século XV só foram superados com a exploração de novos mercados que pudessem oferecer metais, alimentos e produtos. Esses mercados só foram estabelecidos com o processo de expansão marítima, que deflagrou a colonização de regiões da África e da América. Dessa forma, a economia mercantilista dava um passo decisivo para que um grande acúmulo de capitais se estabelecesse no contexto econômico europeu.
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CAIU NO ENEM |
(ENEM)
A Peste Negra dizimou boa parte da população européia, com efeitos
sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não
foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di
Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite,
e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas
fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco
filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos
achavam que era o fim do mundo.” Agnolo di Tura. The Plague in
Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. The Black Death:
a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações).
O
testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que
assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que
a)
o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.
b)
a Igreja buscou conter o medo da morte, disseminando o saber médico.
c)
a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte,
porque as vítimas eram poucas e identificáveis.
d)
houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à
Peste.
e)
o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os
cadáveres não serem enterrados.
Gabarito: A
Resolução:
b) Falsa. Vários clérigos buscaram a providência divina para combater a Peste Negra. Algumas iluminuras da época retratam membros da Igreja realizando rituais litúrgicos e orações que deveriam combater os efeitos letais da epidemia.
d) Falsa. Diversos estudiosos sobre esse fato histórico assinalam que a Peste Negra foi capaz de ceifar entre 25 à 33 por cento de toda a população da Europa Medieval. Além disso, a Peste ocasionou a retração das atividades comerciais que se desenvolviam desde o século XI e o enrijecimento das obrigações servis em diversas regiões feudais.
d) Falsa. Antes da Peste Negra, a Europa viveu uma grande explosão demográfica causada principalmente pelo aprimoramento das técnicas agrícolas da época e aumento do potencial produtivo das terras destinadas ao cultivo agrícola.
e) Falsa. O referido drama vivido pelos sobreviventes da Peste Negra se justificava principalmente pela fácil transmissão da doença pelo ar, as falta de condições de higiene e o grande contingente populacional que tomava conta das cidades da Baixa Idade Média.
A correta: a) Verdadeira. A questão trabalha contundentemente a justificação religiosa dada para uma epidemia de proporções tão funestas. Sem contar com um projeto sanitário adequado, os nascentes centros urbanos da Baixa Idade Média se tornaram grandes focos de disseminação da doença. No entanto, a falta de um saber científico mais apropriado acabou atribuindo a tragédia aos pecados de uma população que passava a viver de maneira mais apartada dos antigos valores da ordem feudal.
Resolução:
b) Falsa. Vários clérigos buscaram a providência divina para combater a Peste Negra. Algumas iluminuras da época retratam membros da Igreja realizando rituais litúrgicos e orações que deveriam combater os efeitos letais da epidemia.
d) Falsa. Diversos estudiosos sobre esse fato histórico assinalam que a Peste Negra foi capaz de ceifar entre 25 à 33 por cento de toda a população da Europa Medieval. Além disso, a Peste ocasionou a retração das atividades comerciais que se desenvolviam desde o século XI e o enrijecimento das obrigações servis em diversas regiões feudais.
d) Falsa. Antes da Peste Negra, a Europa viveu uma grande explosão demográfica causada principalmente pelo aprimoramento das técnicas agrícolas da época e aumento do potencial produtivo das terras destinadas ao cultivo agrícola.
e) Falsa. O referido drama vivido pelos sobreviventes da Peste Negra se justificava principalmente pela fácil transmissão da doença pelo ar, as falta de condições de higiene e o grande contingente populacional que tomava conta das cidades da Baixa Idade Média.
A correta: a) Verdadeira. A questão trabalha contundentemente a justificação religiosa dada para uma epidemia de proporções tão funestas. Sem contar com um projeto sanitário adequado, os nascentes centros urbanos da Baixa Idade Média se tornaram grandes focos de disseminação da doença. No entanto, a falta de um saber científico mais apropriado acabou atribuindo a tragédia aos pecados de uma população que passava a viver de maneira mais apartada dos antigos valores da ordem feudal.
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