Inconfidência Mineira, Revolta dos Alfaiates, Guerra dos Mascates, Guerra dos Emboabas! Afinal como os colonos reagiram ao processo de colonização do Brasil? Todas as revoltas foram iguais ou podemos diferencia-las? Aprenda como se deu a reação ao processo colonizador implantado no Brasil e como podemos distinguir as revoltas do Brasil colonial.As Revoltas do Período Colonial Brasileiro se dividiram entre interesses nativistas e interesses separatistas.
O
Brasil foi descoberto
em 1500,
mas a efetiva exploração econômica
do território
de
imediato mas após a decadencia do comercio com o oriente e a
possibilidade de perda da colonia americana para nações que não
aceitavam as determinações do Tratado de Tordesilhas.
Com
o desenvolvimento da exploração do Brasil em sentido colonial onde,
como vimos em nossas postagens do blog tudo era produzido recaia
sobre a lógica do mercantilismo em que os lucros somente iriam para
a metropole. Porem, importante deixar claro que o chamado Pacto
colonial em
recentes pesquisas de historiadores estão demonstrando novas
abrangências sobre a rigidez desse tipo de relação comercial. Ao
que parece, o Pacto Colonial não era tão rígido como se disse por
muitos anos, a colônia tinha certa autonomia para negociar seus
produtos e apresentar seus interesses.
Mas
o que não nos deixa dúvida a metrópole não agiu aqui como os
Ursinhos Carinhosos mas sim foi uma relação com a colonia envolveu
a prática da exploração. O objetivo das metrópoles era auferir o
máximo de lucros possíveis com a produção das colônias. No
Brasil, antes do ouro ser encontrado e causar grande alvoroço, a
cana-de-açúcar era o principal produto produzido, na região
Nordeste.
Esta
exploração realizada pela metrópole
portuguesa teve
seus reflexos de descontentamento a partir do final do século XVII e
principalmente durante o século XVIII que uma serie de revoltas vai
“pipocar no na colonia. Porem a pergunta que colocamos aqui é –
todos esses movimentos foram iguais? Ou algo os diferencia? E a
resposta caros alunos é que esses movimentos revoltosos são sim
distintos principalmente quanto ao nível
de consciência politica e objetivos.
Entre todos esses movimentos, podem-se distinguir duas orientações
nas revoltas: a de tipo nativista e
a de tipo separatista.
As revoltas que se encaixam no primeiro modelo são caracterizadas
por conflitos ocorridos entre os colonos ou defesa de interesses de
membros da elite colonial. Somente as revoltas de tipo separatista
que pregavam uma independência em relação a Portugal.
Importante
você entender que Os Movimentos nativistas anti-coloniais era os
movimentos isolados da Coroa portuguesa que protestava contra os
abusos das autoridades, em relação a impostos e ao Pacto Colonial e
que não visava a separação de toda uma política, além de irem
contra a imposição externa, aquela em que um colonizador imponha
construindo um próprio nativismo. Isso se deu após a expulsão dos
holandeses de Pernambuco, em 1645. Antes da expulsão dos holandeses,
no governo de Maurício de Nassau ou no "Brasil-holandês"
ocorreram as seguintes revoltas.
Ao
contrário dos Movimentos Separatistas entendiam que a situação do
Brasil de colonia vivendo sob o julgo de uma politica economica
mercantilista com “as redeas presas” sob o pacto colonial era a
explicação para a situação de exploração e para isso essas
revoltas a exemplo da Inconfidência Mineira e a Conjuração Bahiana
tem em suas proposta a separação do Brasil de Portugal. Devido a
importância dada a essas revoltas separatista vamos aprofundar em proxma postagem essas revoltas e por ora vamos nos concentrar nas revoltas nativistas
Entre
as revoltas nativistas mais importantes estão: Revolta
de Beckman, Guerra
dos Emboabas, Guerra
dos Mascates e
a Revolta
de Filipe dos Santos.
AS REVOLTAS NATIVISTAS
A Revolta
dos Beckman ocorreu
no ano de 1684 sob liderança dos irmãos Manuel e Tomas
Beckman.
O evento que se passou no Maranhão reivindicava
melhorias na administração colonial, o que foi visto com maus olhos
pelos portugueses que reprimiram os revoltosos violentamente. Foi a
única revolta do século XVII.

na exploração do ouro recém descoberto no Brasil, mas levas e mais levas de portugueses chegavam à colônia para investir na exploração. A tensão culminou em conflito entre as partes.
A Guerra
dos Mascates aconteceu
logo em seguida, entre 1710 e 1711. O confronto
em Pernambuco envolveu
senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses de Recife. A
elevação de Recife à categoria de vila desagradou a
aristocracia rural de Olinda, gerando um conflito. O embate chegou ao
fim com a intervenção de Portugal e equiparação entre Recife e
Olinda.
A Revolta
de Filipe dos Santos aconteceu
em 1720. O líder Filipe
dos Santos Freire representou
a insatisfação dos donos de minas de ouro em Vila
Rica com
a cobrança do quinto e a instalação das Casas de Fundição. A
Coroa Portuguesa condenou Filipe dos Santos à morte e encerrou o
movimento violentamente.
REVOLTAS EMANCIPATÓRIAS
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Libertas quae será tamen "liberdade ainda que tardia"
lema dos inconfidentes mineiros
|
A Inconfidência
Mineira,
já com caráter de revolta separatista, aconteceu em 1789. A revolta
dos mineiros contra a exploração dos portugueses pretendia
tornar Minas
Gerais independente
de Portugal, mas o movimento foi descoberto antes de ser deflagrado e
acabou sendo punido com rigidez pela metrópole. Tiradentes foi
morto e esquartejado em praça pública para servir de exemplo aos
demais do que aconteceria aos descontentes com Portugal.
A Conjuração
Baiana,
também separatista, ocorreu em 1798. O movimento ocorrido
na Bahia pretendia
separar o Brasil de Portugal e acabar com o trabalho escravo. Foi
severamente punida pela Coroa Portuguesa.
Fontes:
Donato,
Hernâni. Dicionário
das batalhas brasileiras. São
Paulo: Ibrasa, 1987.
QUESTOES
"A confrontação entre a loja e o engenho tendeu principalmente a assumir a forma de uma contenda municipal, de escopo jurídico-institucional, entre um Recife florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda decadente que procurava mantê-Io numa sujeição irrealista. Essa ingênua fachada municipalista não podia, contudo, resistir ao embate dos interesses em choque. Logo revelou-se o que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural."
(Evaldo Cabral de Mello. A fronda dos mazombos, São Paulo, Cia. das Letras, 1995, p. 123).
O autor refere-se:
a) ao episódio conhecido como a Aclamação de Amador Bueno.
b) à chamada Guerra dos Mascates.
c) aos acontecimentos que precederam a invasão holandesa de Pernambuco.
d) às consequências da criação, por Pombal, da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco.
e) às guerras de Independência em Pernambuco.
GABARITO: LETRA B
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